No Dia da Consciência Negra uma reflexão sobre Consciência Humana e Comunicação

 Hoje é o dia da Consciência Negra.


Convido a todos a refletir comigo. Não trago nenhuma verdade absoluta aqui. Somente ideias, sentimentos, reflexões como hipóteses com referência ao que já li e vivi... Não inventei nada, aqui tudo é releitura de outros autores... e alguns relatos do que vivi. Vamos lá!!

Na verdade, a África é tida como a nação mãe da humanidade.

E acredito que um dia evoluiremos para termos o Dia Mundial da Consciência Humana. 

Todos somos seres humanos. E, sendo assim, temos em nosso sangue a mesma cor. A cor da pele é um fator dentre outros que, em determinadas sociedades, devido à doentia luta pelo poder, gerou diversos tipos de preconceitos, o racismo, conflitos, etc.  Por isso, dentre muitas iniciativas, temos esse dia para marcarmos conquistas para a evolução da humanidade.

Aprendi que sim, o melhor é focar na solução. E sim, a recomposição histórica é fundamental. Criar marcos para lembrarmos da doença que existe e, mais ainda, para lembrarmos que já temos a vacina aplicada. A vacina mais importante, no meu ponto de vista, é entendermos o que é a humanização das relações, a comunicação não violenta.

Muito importante assumirmos, aceitarmos sem melindres, dramatização ou algo parecido que é fundamental entendermos que a humanidade ainda está no jardim de infância evolutivo.

 Por exemplo, desde sempre existem escolas das elites no mundo que permitem somente matrículas de crianças brancas...   

Então, se não houver uma legislação muito séria determinando o respeito à diversidade. Essa loucura, doença, desrespeito humano e social que é uma vergonha enorme para a humanidade tende a se perpetuar... Resumindo, essas atitudes preconceituosas e racistas são criminosas...

Mas é óbvioque a constatação desses fatos não é motivo para gerar comportamentos de ódio, vingança, guerra, conflitos ou qualquer coisa nesse sentido. Muito pelo contrário, é para pensarmos juntos qual a origem e como podemos criar soluções fraternas...

Essas proibições são uma vergonha...  É fato que constatamos que isso acontece por haver grupos de poder infantis e doentios. Que precisam de muita terapia, mentoria, legislação e políticas amplas para sanar tudo isso, proporcionando um caminho de evolução. 

Temos, por exemplo, política de cotas...    Assoluções nesse momento tendem a serradicais e compensatórias... Pois esses bebês do poder não entendem que vivem dependentes de orientação e cuidados... e que precisam aprender valores de amor, respeito... etc. 

Hoje vemos várias políticas sociais para garantir os direitos e deveres humanos e universais...  

Aqui gostaria de enfatizar, algo que sempre repito,a importância do aprendizado da Filosofia e Psicologia com base no paradigma integral e integrativo. Que considera e tem como base uma visão humana e complexa, por isso chamamos também de holística.

Dentre os saberes, o aprendizado de como nos relacionamos. E aí temos a Comunicação não violenta e as práticas restaurativas para avançar nas recomposições, resgates, reconciliações que precisam sempre urgentemente ser aplicadas em nosso planeta. 

Essas ideias apresentadas junto com meus sentimentos, necessidades e sonhos vêm de uma constatação óbvia. Cada um de nós no mundo é um filho e um irmão que carrega dentro de si o cosmos inteiro...

Sou o resultado, meu DNA (código genético) * levando em conta somente 3 gerações anteriores a mim,do encontro de nativos com africanos e judeus com árabes. 

E aí, durante a história, uma confusão de nomes para tentar, querer, determinar que é a pessoa pela cor da pele?  Não tem jeito, para mim ficou óbvio desde criança que vivemos num verdadeiro jardim de infância, para não dizer que é um manicômio, né!? 

Então a cor da minha pele é parda... Algo determinado por um sistema louco tido como normal.

 Aí, na língua portuguesa, que se torna arbitrária na aplicação dos verbos. O cidadão tem que ser denominado pelas pessoas, instituições e por si mesmo como:Eu sou Pardo...  

Por que digo louco?  Vamos aos argumentos.  Quando fico alguns meses sem pegar sol, minha pele tende a ficar amarela quase branca e então, se digo que sou pardo,as pessoas logo dizem: que nada, você não é pardo, é branco... Quando fico meses indo à praia, me torno preto.

Então, amigos de longa data, quando encontram comigo na fase em que estou sem ir à praia, cismam em dizer: Que isso, cara, você não é preto. Aí digo: sou sim... E insistem em dizer. Não, não é não e riem como se eu estivesse delirando, surtando ou algo do tipo. Então, tenho que mostrar fotos. Então dizem assim: Aaaah, esse cara da foto não é você. 

Apesar de ter sofrido na infância todo tipo de preconceito, racismo, bullying , etc. Tive muitos anos de análise, psicologia e estudos de espiritualidade para entender esse manicômio e ou jardim de infância.  E não tive um sentimento de ódio, raiva nem nada nesse sentido. Amadureci muito cedo e compreendi que o planeta, em sua melhor definição, é um grande laboratório e somos cobaias. Somos cobaias, primeiro para nós mesmos e, consequentemente, para nossos irmãos planetários... Mas ficava triste por as pessoas não se conhecerem, não entenderem sua natureza e viverem em conflito, sem rumo... Viviam um amor teórico decorado no banco da igreja, ou de discursos prontos de filmes de Natal...

O amor está ali, sempre esteve dentro de todos. A luz sempre é mais forte, pois é nossa essência, apesar de insistirem em tampar o brilho da mesma...

A luz vai brilhar mesmo quando entendermos que somos todos irmãos, que cor, raça, gênero etc. não importa mais que nossas almas e espírito... Hoje existe hipótese de tudo, agora provar é que são elas...

Enquanto isso, vamos juntos, trabalhar para a conquista da consciência humana... Um longo caminho, mas que mesmo engatinhando estamos indo na mesma direção...

Para concluir, por enquanto, trago um trecho do livro de Marshall sobre Comunicação não violenta e um link para seu Workshop sobre o mesmo tema.

" ... Acreditando que é natural em nós dar e receber de num modo compassivo, tenho estado preocupado a maior parte da minha vida com duas questões. O que acontece para desconectarmos de nossa natureza compassiva, levando-nos a nos comportar de forma violenta e exploradora? E, contrariamente, o que permite que algumas pessoas estejam conectadas à sua natureza compassiva mesmo sob as mais difíceis circunstâncias? Minha preocupação com estas questões começou na infância, por volta do verão de 1943, quando nossa família se mudou para Detroit – Michigan. Na segunda semana após nossa chegada, irrompeu uma luta racial a partir de um incidente num parque público. Mais de 40 pessoas foram mortas nos dias que se seguiram. Nossa vizinhança estava situada no centro da violência e passamos três dias trancados em casa. Quando a disputa racial terminou e a escola começou, eu descobri que um nome poderia ser tão perigoso quanto a cor da pele. Quando a professora falou meu nome durante a chamada, dois meninos olharam furiosamente para mim e me vaiaram – “você é um ‘kike’?”, eu nunca tinha ouvido falarem assim antes e não sabia que essa palavra era usada por algumas pessoas de modo pejorativo para referir-se a judeus. Após a aula, os dois estavam esperando por mim: derrubaram-me no chão, chutaram-me e me bateram. Desde aquele verão em 1943, eu tenho examinado as duas questões que mencionei. O que nos possibilita, por exemplo, estar conectados à nossa natureza compassiva mesmo sob as mais difíceis circunstâncias...?"

link:https://www.youtube.com/watch?v=DgAsthY2KNA

Espero que a Luz predomine sempre na vida de todos.

Gratidão pelas críticas construtivas. As destrutivas dispenso e faço votos que pessoas que têm esse tipo de atitude com "haters" e outros se recompõem


Luz e bençãos pra todos!!